Identificação de parasitos na ostra do mangue Crassostrea sp. (Mollusca: Bivalvia) no Estuário de Porto do Mangue-RN

Identificação de parasitos na ostra do mangue Crassostrea sp. (Mollusca: Bivalvia) no Estuário de Porto do Mangue-RN

• Autor
• Maria de Fatima Viviana de Andrade
• Co-autores
• Inês Xavier Martins
• Resumo

•  

  Nas últimas décadas houve um número significativo de pesquisas relacionadas aos patógenos de organismos aquáticos, sobretudo os hospedeiros com potencial econômico. O objetivo do estudo foi identificar na ostra do mangue Crassostrea sp. os agentes infectantes presentes, bem como determinar no hospedeiro os principais órgãos atingidos. A princípio foram realizadas 3 coletas em Porto do Mangue-RN, e no laboratório as ostras foram separadas com etiquetas com a procedência de cada ponto. Depois foi retirado de cada ponto 5 indivíduos para se fazer a biometria, medindo-se altura e comprimento de cada indivíduo e logo depois foi feita a pesagem, foram retiradas partes da gônada, da brânquia e do manto, cada parte colocada em cassetes individualizados para fixação em FAAC, para o procedimento histológico. Destes mesmos pontos foram retirados mais 3 indivíduos, onde foram pesados e feito biometria, fazendo-se novamente o corte das seguintes partes: brânquia, gônada e manto, para serem introduzidos no RFTM, onde foram colocadas em tubos de Eppendorf, armazenados e deixadas no escuro durante 7 dias. Logo após esse período foram feitos esfregaços de cada parte das amostras e preparadas amostras para a verificação de presenças de parasitas nos indivíduos ao microscópio. Na primeira coleta, realizada no mês de outubro, que se caracterizou como o mês de estiagem, observou-se uma maior quantidade de parasitas nas gônadas dos indivíduos coletados na desembocadura do estuário e na região mais adentro do estuário, cuja salinidade era entre 43 e 45. Na segunda coleta, que ocorreu no mês de dezembro, também em época de estiagem, foi observado pouca presença de parasitas nas brânquias, e nas gônadas, sendo contabilizado somente 1 indivíduo com presença de parasitas na gônada e com pouco parasita na brânquia, e os demais não foi encontrado nenhum parasita, sendo que ponto que ficava mais adentro do estuário não houve ocorrência de parasitas, cuja salinidade era de 45. Na terceira coleta, realizada em março, período onde ocorreu precipitação no ponto localizado na desembocadura do estuário, não houve presença de parasitas em nenhum dos indivíduos analisados, cuja salinidade era de 43. Já nos indivíduos coletados mais adentro do estuário, foi observado presença de parasitas na gônada, manto e brânquia, cuja salinidade era de 45 e 40. A prevalência de animais infectados pelo parasita do gênero Perkinsus sp. foi de 67% no mês de outubro, 11% no mês de dezembro e 67% no mês de março. Prevalência de infecção de Perkinsus sp. nas brânquias foi de 44%, no manto de 33% e na gônada de 33%, mostrando que a parasitose em ostras nesta região pode ser alta. O tamanho médio dos indivíduos coletados durante o período de estiagem foi de 60,56 cm, e o peso médio de 18,73 g. O tamanho médio dos indivíduos coletados na época chuvosa foi de 66,88 cm, e o peso médio ficou entre 20,16 g. Desta forma, embora o crescimento dos animais teve um aumento tanto no tamanho quanto no peso durante a época chuvosa, não observando relação com a prevalência do parasito.

   

• Palavras-chave
• : Parasitologia, Bivalves Comestíveis, Sanidade Aquática.
• Área Temática
• Ciências Biológicas

Voltar Download